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quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

29
Nov18

Arouca e os Passadiços do Paiva

quatro de treta e um bebé

Passadiços do Paiva - Arouca  Natureza em Estado

Fonte: http://www.passadicosdopaiva.pt/

Arouca era uma vila pacata, no fim do mundo (na verdade é na cave do mundo), reduzida a uma rua a que chamam de avenida (não sei se chamam, mas quase que aposto!) e a um mosteiro. À volta disso é monte. E monte. E mais monte. Por lá, e depois de passar o enjoo da viagem (o qual não se consegue evitar com tanta curva e contracurva) conseguia-se comer uma das melhores carnes de vaca e saborear vários doces conventuais de deixar água na boca. Até que um dia, alguém astuto, decidiu alargar horizontes e criar um passadiço, que liga 3 praias fluviais ao longo do Rio Paiva, a que se deu o nome de "Passadiços do Paiva". E descobriu a galinha dos ovos de ouro.

 

Se valia a pena ir a Arouca pela carne e pelos doces, agora vale também pelos passadiços. E se der para juntar tudo, tanto melhor.

 

Aconselho, seriamente, a passar um dia lá. Chegar cedo. Fazer os 8 quilómetros do Passadiço. Ir almoçar a famosa carne de vaca arouquesa. Regressar aos passadiços. Fazer os 8 quilómetros em sentido contrário, para desgastar o almoço. E terminar o dia com o pão de ló de Arouca, os charutos ou as castanhas doces.

 

Fiz os "Passadiços do Paiva" há já alguns anos, mas continua a ser um destino atual. A ideia passava por um domingo diferente, entre amigos, com fotos, mergulhos e boa comida. Mas Arouca e os passadiços surpreenderam.

Partimos do Porto num domingo de manhã. O objetivo era estar em Arouca às 9h30, evitando assim a hora de maior calor. Levamos dois carros, para que fosse possível deixar um em cada ponta dos passadiços, podendo fazer o regresso ao ponto de partida de carro.

 

Como bons portugueses que somos chegamos a Arouca por volta as 11h.

 

Nota: Aconselho a chegar realmente cedo, porque fazer o percurso na hora de maior calor pode tornar-se insuportável, não permitindo usufruir verdadeiramente de tudo que os Passadiços tem para nos dar.

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Começamos o percurso na praia fluvial de Espiunca. As paisagens são fenomenais. Por esse motivo, demoramos cerca de uma hora a fazer menos de 3 km (a indicação dos km está ao longo de todo o percurso). Temos fotos de tudo, de cada esquina, de cada paisagem que nos cativou (e cativaram-nos todas).

Alertados pelas horas, e pelo calor que se fazia sentir, aceleramos passo até à Praia Fluvial do Vau.

Chegamos à ponte suspensa. E para esquecer as vertigens é colocar-nos no centro dela desfrutando da paisagem que nos permite contemplar.

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Ao longo do percurso podemos ver a Cascata das Aguieiras e a Garganta do Paiva. Subimos as escadas que ainda hoje não consigo qualificar.

Por fim, chegamos à Praia Fluvial de Areinho.

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Depois de um mergulho que "soube por vidas", seguimos caminho para o restaurante. Fomos à famosa carne arouquesa, que, uma vez mais, não desiludiu.

 

Nota: Não há fotos de comida, não consigo, é mais forte do que eu começar logo a comer. 

 

Após um almoço de domingo demorado, voltamos aos passadiços. Exatamente ao mesmo ponto onde tínhamos ficado.Mais uma vez como bons portugueses que somos, desfrutamos uma cesta e demos mais uns mergulhos na Praia Fluvial de Areinho.

Não estava nos planos fazer o percurso de volta a pé. Mas à ultima hora decidimos que assim seria. Fizemos o caminho de volta já com o pôr do sol. E se o percurso com plena luz do sol é lindo, com o pôr do sol ganha ainda mais beleza.

Atualmente, trabalham na construção de uma outra ponte suspensa - envidraçada. Voltarei, com toda a certeza, assim que a ponte estiver aberta ao publico.

M.

 

P.S. Para quem estiver a pensar fazer o percurso, relembro que hoje é necessário fazer reserva, e tem um custo de 1€/pessoa.

27
Nov18

Era uma vez #2

quatro de treta e um bebé

Olá pessoas!

 

Hoje venho falar-vos de um livro que li no início deste ano. Para dizer a verdade comecei-o no final do ano passado mas não estava a conseguir avançar na leitura, pelo que deixei passar as festas e retomei-o em Janeiro. Eu acho que os livros são pequenos mundos tão extraordinários que se estivermos com um livro na mão e não nos estiver a apetecer ler, devemos parar, passar para outro e mais tarde, quando nos apetecer, pegar de novo. Ler por obrigação não é bom. Mas quem diz que não gosta de ler é só porque ainda não encontrou o livro certo.

Mas passando ao livro propriamente dito, este é o Persépolis da Marjane Satrapi.

 

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Não peguei neste livro por acaso, no pequeno grupo de leitura do qual faço parte, o desafio daquele mês seria ler um género literário nunca lido e bem, eu nunca tinha lido nenhuma novela gráfica (não, não vamos chamar a este livro banda desenhada, por favor!) e a C. já tinha comentado o livro e vá a Emma Watson (hello, Hermione? Ahah) também o recomendou, por isso foi juntar o útil ao agradável.

 

Começo por dizer que este é um livro extraordinariamente interessante. Mais do que interessante, isto é a autobiografia da iraniana Marjane Satrapi. Isso mesmo, o que se passa neste livro é real. Não sabia grande coisa sobre o Irão, confesso, apenas o que vai saindo nas notícias e o pouco que posso ter falado na escola mas não tinha ideia, por exemplo, que antes da guerra o Irão era um país muçulmano super progressista, em que as mulheres podiam ir a escola, à faculdade, podiam ter a profissão que quisessem, tinham os mesmos direitos dos homens, não eram obrigadas a usar véus, etc., e depois da guerra e da entrada do fundamentalismo tudo mudou, para pior, e ainda hoje podemos ver que não temos nem de longe o Irão que existia antes da guerra. Por este motivo considero este livro mais do que interessante, importante.

Fiquei muito contente por ter lido este género. Este livro fala da história de um povo, de um país, de uma revolução e de uma guerra, de uma criança/adulta e da visão dela sobre tudo o que a rodeia. É um livro que fala de um tema muito sério e distante para nós ocidentais, de forma, diria até, simples. De forma não tão pesada como seria de esperar pelo menos. 
O livro está dividido por um género de capítulos, cada um sobre um tema. Vamos acompanhando o crescimento da Marje e da sua família. Vamos sabendo mais sobre as particularidades da sua vida. Como ela própria sabe é uma criança privilegiada. É de uma família considerada rica em relação à maioria, tem uns pais e uma avó ‘liberais’, que querem que ela cresça e seja feliz, que tenha direito à liberdade, liberdade de ser, de estar, de expressão. Num país que rapidamente viu a sua liberdade restringida, viu as liberdades das pessoas desaparecerem, Marje é uma menina rebelde que quer ter e tem uma voz sobre tudo e não tem medo de expressar aquilo que sabe, o que não sabe, o que sente e o que pensa. É um livro que de uma forma super cativante, por vezes desconcertante mas também simplista nos faz reflectir sobre problemas tão sérios como o fascismo, como o machismo, como a opressão, etc. Se em alguns dos temas, e especialmente quando ouvimos uma Marje criança, acabamos por dar por nós a rir, apesar das verdades que ela diz, quando estamos com a Marje adulta já há mais momentos de revolta, em que nos apetece entrar para dentro do livro e distribuir chapadas por toda a gente. E é aqui que acho que a protagonista é muito boa, porque ela não tem medo. Ela é corajosa. Ela enfrenta quem tem que enfrentar, mas nunca deixa de ser ela própria. Não deixa que aquilo em que acredita seja apagado por outros, apesar das consequências que pode vir a enfrentar, para ela é certamente preferível uma consequência do que ficar calada. 
Este não é um livro fácil. Tem ilustrações muito boas, outras assustadoras (ahaha) e também por causa disso uma pessoa acaba por demorar mais do que o esperado mas ao mesmo tempo menos que um livro normal, porque, obviamente a quantidade de texto é menor. Mas também acho que é uma questão de nos habituarmos. 

 

“Quando temos medo, perdemos todo o sentido de análise e de reflexão. Somos paralisados pelo medo. Além disso, o medo sempre foi a força motriz da repressão de todas as ditaduras”.

 

F. 

23
Nov18

Take 1

quatro de treta e um bebé

Olá cinéfilos da blogosfera!

 

No passado dia 5 de novembro celebrou-se o dia mundial do cinema e eu descobri que, nos últimos tempos, das quatro, fui a que mais frequentou o cinema (aliás, se calhar mais do que as outras três meninas em conjunto, para terem uma noção)!

Por isso, neste post, venho falar-vos dos últimos filmes a que assisti numa sala de cinema.

Antes disso, em jeito de introdução, vou falar-vos um bocadinho sobre os meus hábitos e experiências cinematográficas.

A verdade é que não costumo ir frequentemente ao cinema, especialmente por duas razões: os bilhetes são cada vez mais caros e eu tenho cada vez menos capacidade para sessões tardias.

De forma geral, sem hesitar, prefiro as séries aos filmes, simplesmente porque a ideia de estar mais de duas horas no mesmo lugar, a ver a mesma coisa, me causa uma certa comichão (apesar de acabar a ver episódio atrás de episódio e ultrapassar as duas horas, mas isso, diz o meu subconsciente, é completamente diferente).

Essencialmente, há dois tipos de filmes que não prescindo de ver numa sala de cinema: os da Marvel e DC Comics (já vos disse que adoro super-heróis) e os musicais, uma vez que considero que estes dois tipos de filmes são aqueles que efetivamente compensam a ida ao cinema, por toda a envolvência e imersão sensorial que nos proporcionam.

Além desses dois tipos, há um terceiro: os grátis. Globalmente, adooooooro coisas grátis. E até me posso gabar de já ter ganho vários concursos. Ainda assim, não participo em tudo o que é sorteio de bilhetes para cinema, porque acho que não é qualquer filme que justifique as tais cerca de duas horas sentada e o decréscimo nas horas de sono.

Uma nota importante: pipocas. Não vou ao cinema sem comer pipocas. Para isso, prefiro não ir! As pipocas fazem parte de toda a experiência, de toda a envolvência que referi ali em cima (é sequer possível ver um filme no cinema sem pipocas?! Conseguem concentrar-se?!).

Vou vos deixar trailers, mas hoje em dia os próprios trailers estão cheios de spoilers, aqueles dois minutos contam a história completa, apenas de forma mais resumida. Não sei se concordam comigo, mas acho que isso tira a piada toda ao filme!

Vamos lá falar, então, dos últimos três filmes que vi no cinema.

 

MAMMA MIA! HERE WE GO AGAIN 

 

Estava há uns meses sem ir ao cinema, mas a minha querida prima, a L., é a fã n.º 1 do Mamma Mia! Não, não é dos Abba, é do Mamma Mia mesmo! Como tal, há já meses que a L. andava a sonhar com a sequela, depois de ter rejubilado e quase ensurdecido a família com a notícia de que a sua produção favorita ia voltar aos cinemas!

Obviamente que não tivemos sequer hipótese de recusar e, chegando a hora, a L. põe a família toda a participar para ganhar bilhetes para a antestreia. E eis que a sua maravilhosa prima, eu mesma, lhe envia printscreen do email acabado de receber, “parabéns! Vai ver Mamma Mia! Here we go again”. Custou, mas ao fim de 23 anos, lá me diz ela, de forma completamente espontânea e desprovida de qualquer segunda intenção, que me adora (enquanto implora para eu a levar).

Não estava tão entusiasmada quanto ela (ninguém estava!). E não é que adorei o filme?! Ri-me do início ao fim, cantei, dancei na cadeira (não tanto como ela mas, mais uma vez, ninguém o fez!). Valeu completamente a pena a ida ao cinema. Sabem quando chegam a casa depois de um filme de sorriso na cara, de bom humor, depois de ter vivido num mundo de fantasia durante hora e meia? É verdade, é um filme muito divertido, muito boa onda, leve.

Aliás, valeu tanto a pena que pouco tempo depois voltei a ir vê-lo ao cinema, com (vocês sabem…) a L., claro, que via o filme pela terceira vez!

Um bom filme para aqueles dias mais chuvosos, mais melancólicos, mais enfadonhos, para encher o peito de alegria, de vontade de cantar e dançar, para por um sorriso na cara!

Deixo-vos o trailer:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMDB

 

CLUBE DOS BILIONÁRIOS / BILLIONAIRE BOYS CLUB

 

Este é daqueles filmes que não compensou ir ver ao cinema, nem com o bilhete pago. Fomos ver em família porque acabamos a ganhar seis (!) bilhetes grátis.

É baseado num caso real dos anos 1980 nos EUA, um esquema de investimento que leva à ascensão e rápida queda de dois jovens, que conseguem enganar uma quantidade impressionante de pessoas. O esquema em si não é aprofundado. As personagens e as suas histórias não são aprofundadas. De vez em quando, parece que tentam inocentar algumas personagens e diabolizar outras, mas sem grande efeito. O impostor ludibria o aldrabão. De repente, um homicídio. Depois a polícia, um julgamento, e outros meandros que ficam por aprofundar. Tudo somado, não encanta, não prende, em muitas partes não faz sequer sentido, e parece apenas uma história mal contada, e contada de uma forma muito aborrecida.

Não recomendo! Deixo-vos o trailer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMDB

 

ASSIM NASCE UMA ESTRELA / A STAR IS BORN

 

Desde que soube que a Lady Gaga ia entrar e cantar num filme que soube que o queria ver.

Evitei ver o trailer, consegui ficar sem o ver e ainda não o tinha visto até hoje.

Não gosto de coisas nem pessoas sobrevalorizadas e, por isso, torcia o nariz ao Bradley Cooper, que dirige, atua e canta neste filme. Dou o braço a torcer, estava redondamente enganada. A performance dele arrebatou-me por completo, mesmo enquanto cantor – ele, efetivamente, canta (e bem)! E, mais incrível ainda, aprendeu a cantar e a tocar guitarra especialmente para este filme.

Contra ele, tinha o facto de esta ser a quarta versão do filme (as anteriores foram a 1937, 1954 e 1976), já tinha sido falado fazer este remake por vários nomes conhecidos, e o próprio Bradley já tinha recusado representar esse papel uns anos antes, ao que acresce ter sido desaconselhado a apresentar o filme.

Não vi os filmes anteriores, não sabia sequer que esta era uma quarta versão, mas tinha imensa curiosidade e vontade em ir ao cinema vê-lo.

Apesar de ser um remake, que fique bem claro que todas as músicas são originais e foram escritas e produzidas especialmente para o filme. Quase todas as músicas são coescritas e coproduzidas por Lady Gaga, que, para quem ainda não sabe (mas devia saber) é um génio musical.

O filme é muito bonito, o Bradley e a Lady Gaga (de seu nome Stefani Joanne Angelina Germanotta) enchem o ecrã. As músicas são fenomenais. É uma história sobre o amor, sobre a ascensão ao estrelato, o declínio da fama, uma vida de abusos, relações humanas, codependência, saúde mental, tragédia, realidade.

Jackson Maine (representado por Bradley Cooper) apaixona-se por Ally (Lady Gaga) quando a vê atuar num bar. A admiração de Jack é clara, o olhar embevecido deste de cada vez que Ally canta é, provavelmente, a minha parte favorita do filme (além das músicas, claro!). É lindo ver como Bradley representa esta paixão e admiração. Vê-se também como Jack fica desiludido quando Ally se afasta deste tipo de música mais real, mais cru, e passa a escolher músicas mais comerciais, com um aspeto mais produzido, mas que o seu agente garante que lhe trarão maior fama. Não sei se Bradley pretende fazer algum tipo de crítica ao mundo da pop, ao “vender a alma pela fama”, ao efémero que é o sucesso (não acredito que queira, até porque Gaga alcançou o seu sucesso através de músicas pop e comerciais). Mas acaba por fazê-lo, ao mostrar-nos uma rapariga cheia de talento, compositora e cantora, que escreve sobre o que sente de forma empolgante, a afastar-se de tudo isso para cantar sobre futilidades, e ao sublinhar várias vezes que quem tem uma voz deve usá-la para dizer algo com significado. Sentimos que Jack viu algo de diferente, algo de muito especial em Ally, e sentimos a sua frustração ao considerar que esta não está a viver a totalidade do seu potencial.

Todo o percurso de ascensão musical de Ally é acompanhado, em paralelo, pela decadência de Jack, um homem com uma infância conturbada, com claros problemas de saúde física e mental, agarrado a vícios e a uma sensação fugaz de fama.

A incrível música Shallow diz-nos muito sobre Jack (apesar de escrita por Ally, e de fazer sentido para esta também): “tell me something girl, are you happy in this modern world? Or do you need more? Is there something else you’re searching for? I’m falling, in all the good times I find myself longing for change, and in the bad times, I fear myself”. Para quem se identifica com esta pequena passagem, ouvi-la é emocionante, e antevê a fragilidade emocional e de saúde mental dos nossos protagonistas.

É um filme que fica connosco, que nos mexe, que nos faz voltar para ouvir (e reouvir) a banda sonora, nos faz pesquisar mais sobre o filme, sobre as músicas, sobre os temas que são falados. Ouvir as músicas depois de ver o filme ganha um novo sabor, mais viciante ainda.

 

SPOILER: O final deste filme é dilacerante. A mensagem vai passando na música, vai-se prevendo no desabafo que Jack tem no centro de desintoxicação, é evidente nos vícios e abusos cada vez mais exacerbados de Jack. No final, Jack sente-se sem valor e sente que está a impedir Ally de chegar onde sabe que esta é capaz de chegar. Em desespero, despede-se de Ally com um heartbreakingjust wanted to take another look at you” e tira a sua própria vida. A saúde mental é um tema que me é muito próximo e que é muito importante para mim, e sem dúvida que vou querer trazer esse tema ao blog. Infelizmente, também o desfecho é demasiado próximo. Demasiado. Tivesse eu visto o trailer ou soubesse que a história se repete em três filmes anteriores, e talvez não tivesse levado o insuportável murro no estômago que levei. Se ainda não tiverem visto o filme, tenham isso em conta. O filme termina com a Lady Gaga a cantar, de forma lindíssima, “I’ll never love again”, com uma letra que nos atinge no âmago do nosso ser e que sentimos como se fosse nossa: “wish I could, I could've said goodbye. I would've said what I wanted to, maybe even cried for you. If I knew it would be the last time, I would've broke my heart in two, tryin' to save a part of you”. Se odiei a cena anterior (e odiei), adorei a música, como foi escrita por Jack para Ally, e como a interpretação de Lady Gaga nos deixa colados à cadeira de coração nas mãos.

FIM DO SPOILER

 

É difícil separar Ally de Lady Gaga, até porque os seus percursos têm similaridades, e porque é também Lady Gaga que escreve por Ally, ainda que do ponto de vista desta. E é fácil identificarmo-nos com Ally, confesso que sinto mais próxima de Ally e que acabo por gostar mais do estilo musical de Ally do que o da própria Lady Gaga!

Mas por isso tudo é que a maior ovação vai para Gaga. Porque tem a capacidade de fazer tudo, de escrever sobre tudo, de lançar hits em vários géneros musicais, e, no final, ser nada mais do que quem quer ser, fazer o que quer, vestir o que quer, cantar o que quer, ser ela própria, independentemente dos murmúrios que possa levantar, e ser absolutamente genial a sê-lo.

Uma curiosidade, na cena final, Ally olha diretamente para a câmara, e este frame final é, segundo o próprio Bradley, o momento em que a star is born.

 

Deixo-vos apenas a música que já todos conhecem (e que é coescrita e coproduzida pela Lady Gaga):

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMDB

 

Bons filmes!

 

R.

20
Nov18

20.11.2017

quatro de treta e um bebé

20.11.2017

Faz precisamente HOJE, 1 ano, 365 dias que soube que estava grávida e que vinha a caminho um rebento.
Mal sabia eu como tudo na minha vida mudaria. E para tão melhor.
Não me imagino a viver sem a B. Não mesmo. É o melhor da vida, o melhor de nós. “Tanto cliché”, pensam vocês. Eu pensava o mesmo até ter a minha boneca comigo.

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Revivendo, e recordando... dia 20.11.2017 estava eu já com alguns dias de atraso e pedi à minha mãe (técnica de análises) que me levasse urina para o laboratório.
Pois é, e não é que aconteceu o mais caricato de sempre?
A minha mãe soube primeiro que ia ser avó, do que eu que ia ser MÃE.
Enquanto aguardava o resultado fui trabalhar num turbilhão... até que a minha mãe me liga de voz trêmula e me pede para descer.
Assim que os nossos olhares se cruzam e de lágrima no olho, diz-me enquanto me abraça “vou ser vóvó”.
Foi na rua, ao som do trânsito matinal, em frente ao meu escritório, que se deu o grande momento e o dia que nunca mais esquecerei.
Depois de saber que estava grávida, subi as escadas do meu escritório, sentei-me na minha cadeira e não consegui concentrar-me o resto do dia. Que feliz que estava! E que ansiosa que estava por partilhar.
Era altura de contar ao Papá T. que íamos passar a ser 3 e que o mundo de fraldas, biberões e leite chegava em breve.
Convidei-o a almoçar comigo e escrevi lhe numa ardósia “adoro-te Papá”.

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2.jpeg

 

 

Abraçou-me intensamente e de sorriso rasgado deixou escapar umas lágrimas. Lembro-me como se fosse hoje desse abraço.
Um ano passou, e hoje temos cá a princesinha que “deu causa” a tudo isto. Imaginei que fosse bom, só não sabia que seria tão maravilhoso.


Em breve contar-vos-ei como dei a conhecer a amigos que a B. viria a caminho. Fiquem atentos.

S.

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