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quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

28
Mar19

Bloqueio criativo

quatro de treta e um bebé

Lanço o papel branco em cima da mesa e saco da caneca, pronta para desbravar em prosa, linha a linha, um conteúdo interessante para o meu post no blog. Porém, a tinta não escorre, a ideia não surge, as palavras não saem.

 

Bem, na verdade, abro um novo documento word, mas vocês entendem a ideia.

 

Eis que surge, perante mim, o temível, o terrorífico, o impiedoso… writer’s block.

 

Dizendo de outra forma, não sai qualquer texto! Contudo, dizê-lo desta forma não soa tão bem, pois não? Chamemos-lhe um bloqueio criativo. Não, não é a segunda frase que custa a escrever, é mesmo a primeira que não aparece.

 

Confessei este meu desespero produtivo à M., cuja resposta me deixou bem mais tranquila: “estamos umas autênticas escritoras, isto só acontece às escritoras!

 

Querem ver que a árida época que atravesso, fonte da minha preocupação, é, afinal, nem mais nem menos do que a prova, em si mesma, da nossa qualidade de escritoras?

 

Esta fase infrutífera nada passa, afinal, do que uma mera praxe das mentes criativas, um ritual de passagem, a derradeira prova de sobrevivência criativa?

 

É que, se o é, então garanto-vos, há aqui escritora, porque esta conversa foi já há umas semanas e, à semelhança do resto do país, a seca mantem-se por estes lados.

 

Eu tenho ideias, tenho uma lista delas, temas que quero trazer para o blog, experiências que quero partilhar, histórias que quero contar. Sucede que, página aberta, as palavras não fluem, não surgem no cérebro, quanto mais nas pontas dos dedos. É uma sensação estranha, de que as ideias estão lá ao longe, gosto delas e acho que vão dar bons posts, mas estão longe, e eu estou completamente desconectada delas, como se a ponte que conectava a ilha das ideias à página do post tivesse temporariamente fechada para obras.

 

Não sei quanto tempo demorarão as ditas cujas, contudo, por hoje, escapo-me sorrateiramente com um post sobre não conseguir escrever um post

 

Para já, chamo-lhe um writer’s block, porque o estrangeirismo é sempre mais chique, e procuro refúgio na teoria da M., até descobrir como o magicamente curar.

 

C-Writer_s_Block_grande.jpg

Vela: https://whiskeyriversoap.com/products/a-candle-for-writers-block

 

R.

21
Mar19

Astória

quatro de treta e um bebé

Olá pessoas!

 

Já foram ao Astória, no Hotel Intercontinental no Porto? Não? Então leiam este post porque tenho a certeza que vão querer ir.

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Fui lá num destes sábados, ao Brunch. Digo-vos já que gostei muito. Já fui a alguns Brunchs pelo que, posso fazer algumas comparações e dizer com alguma certeza que este é um bom Brunch.

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Se é bom presume-se que é porque se come bem, mas perguntam vocês, ah e tal um brunch num dos hotéis mais caros do porto, provavelmente vou ter que vender um rim para la ir não? Pois, aí é que está, não! Achei um preço bastante razoável para o sitio onde estava! Paguei 26€ porque escolhi o Brunch que não incluía bebidas. Mas como podem ver na foto, ao fundo, têm três tipo de Brunch, que também incluem espumante à discrição (not for me ahah).

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Diferentemente dos outros brunchs onde já fui, o que mais me chamou a atenção foram os doces. Tão bonitos, com tão bom aspecto e tão bons… mas já lá vamos.

É um brunch self-service pelo que podemos escolher e servir-nos as vezes que quisermos. Têm pratos de pequeno almoço, diversos tipos de pão, ovos, tomates, salsichas, bacon, gnochi de cogumelos, entre outros; têm pratos quentes (no dia era feijoada à transmontana e bacalhau com grelos no forno); têm saladas com muitas variedades; tem queijos, tem presuntos, tem bastante diversidade.

Se quisermos podemos ainda pedir da cozinha mini cheeseburguers ou minipregos com queijo de cabra. Eu pedi o mini cheeseburguer e posso dizer-vos que pedi dois, tão saborosos que eram!

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Das sobremesas também tinham imensa variedade, tinham tarte de limão, tinham tiramisu, tinham mini bolas de Berlim, pasteis de natas, bolos de arroz, tinha cupcakes, tinham um bolo do dia com caramelo salgado (não me recordo do nome!), tinham mousse, tinham ene coisas. Também podíamos pedir da cozinha panquecas, e bem, quem provou diz que são das melhores de sempre de tão boas que são (para a próxima as panquecas não me escapam!!).

É um brunch com alguma variedade, com comida muito saborosa.

A decoração da sala é super agravel.

Os funcionários são muito atenciosos.

O Ambiente é realmente relaxante e muito acolhedor.

Sem duvida alguma que voltarei lá e desta vez acho que começo pelas sobremesas ahahah

F.

18
Mar19

conversas despreocupadas

quatro de treta e um bebé

- Já ouviste falar daqueles novos programas de TV, de domingo à noite?

- Sim.

- Achas aquilo normal?

- Não tenho nada contra.

- Como não tens nada contra?

- Porque haveria de ter?

- Achas normal o que se está ali a fazer? A forma como as mulheres estão a ser expostas, humilhadas. O estereótipo que se defende. É chocante. Não percebo como é que nos dias de hoje isso é permitido. E percebo, menos ainda, como é que as mulheres não se revoltam contra isso. Enquanto mulher sinto-me humilhada, rebaixada. Andamos anos e anos a lutar por direitos, ainda agora assinalámos o 8 de Março, esforçamo-nos pela igualdade, e depois é isto. Permite-se isto. E ainda se chocam com os casos de violência doméstica. Com as mortes. Com as decisões do juiz. É isto que se fomenta com este tipo de programas.

- Não estou a perceber...

- Como não estás a perceber? O que se passa naqueles programas é inadmissível, as mulheres são expostas, como se numa montra estivessem, e os homens (ou as mães, o que ainda é pior), escolhem aquelas que melhor se adequam aos seus caprichos (ou dos filhos).

- Hum. Estou a ver... Essas mulheres foram obrigadas a estar lá ou estão por vontade própria?

- Não!!! Aquilo é um concurso. Candidataram-se. Mas a questão não é essa...

- Então estás a dizer-me que foi opção delas estar ali e sabiam para o que iam?

- Sim, mas...

- Mas não podem escolher se colocar numa montra porque socialmente isso não é aceite? Isso não faz muito sentido.

- Não é nada disso. Elas podem escolher ser o que quiserem. Mas já viste aquilo que se fomenta? Que os homens escolhem as mulheres com base na imagem, se sabem cozinhar, se tem filhos, se já foram casadas... No fundo é como se aquilo fosse uma entrevista de emprego. Fazem 50 mil perguntas, ridículas, como, por exemplo, se é virgem, mas o que tem eles a ver com isso? Agora uma mulher para ser ideal tem que ser imaculada, saber cozinhar, cuidar da casa, planear ter filhos? O que é isto??

- E a mulher tem que ser ideal?

- Ah?

- Sim, tu disseste “a mulher para ser ideal tem que”. A minha pergunta é “tem que haver uma mulher ideal?”. Ideal para quê? O que é ser ideal?

- A questão não é essa. Naqueles programas fomenta-se um determinado estereótipo. Defende-se que a mulher tem que ser de determinada forma para ser escolhida.

- Ok, eu já percebi essa parte. Mas essas mulheres não estão lá porque querem?

- Estão, mas...

- E não tem o direito de escolher estar ali, daquela forma?

- O que? Fomentar estereótipos?

- Então vamos por partes: Nós queremos ser livres, queremos ter direitos, liberdade, fazer o que queremos, pensar como entendemos, seguir o caminho que escolhermos, sem que haja ninguém a impedir-nos disso, simplesmente porque somos mulheres, certo?

- Sim.

- Defendemos o fim dos estereótipos, do caminho demarcado, a ideia da mulher como uma máquina de fazer filhos, ou a dona de casa, submissa às ordens do marido, ou do pai.

- Claro.

- Mas a mulher não pode querer participar em programas de televisão, onde há homens que as escolhem, seja para o que for, nos critérios que assim entenderem?

- O quê?

- Estou muito confusa. Afinal, as mulheres podem ser tudo, exceto aquilo que as outras mulheres acham que não podem ser.

- Não é nada disso. Mas...

- Sabes o que a minha mãe sempre fez questão de deixar claro lá em casa? Que por lá "reinava" a democracia... a democracia dela.

 

Ainda bem que a democracia dela me ensinou que liberdade é, também, aceitar que os outros pensem de forma diferente da minha. E não os julgar por isso.

 

M.

14
Mar19

Bom dia e boas séries #4

quatro de treta e um bebé

Gosto de mistério, de investigações, suspeições, estratagemas. Faz sentido que o meu género favorito seja o thriller, o criminal, o policial, tanto em livros como em séries e filmes (e, bem, direito, pelo menos na parte académica).

 

A última série que vi prendeu-me desde o trailer. A descrição era cativante, mas corria o risco de ser igual a tantas outras tramas do género. Não foi. Foi melhor nalguns aspetos, talvez pior noutros, diferente, de forma geral.

 

YOU

 

Primeiro pormenor que me prende: a narração. A voz profunda do protagonista a narrar a sua prespetiva. De repente, sentimo-nos dentro da série. O enredo vai despertando a curiosidade. Queremos saber mais. Queremos ver o que vai acontecer.

 

Quando lemos a descrição é difícil não nos vir à cabeça a série Stalker, de 2014. Seria de esperar que eu tivesse visto essa série, certo? Pois, tentei. Mas, essa, confesso que foi daquelas que mexeu comigo, que me incomodou, que me conseguiu deixar nervosa. Por um lado, quer dizer que deve ser uma boa série, caso contrário não teria esse impacto, não conseguiria que, nessa noite, desse por mim de coração acelerado por entre o escuro da minha casa. Agora que falo nisso, um dia destes sou capaz de voltar a pegar nessa série, um dia enquanto houver sol e bastante luz em casa, claro.

 

A You não nos assusta, não nos torna paranoicos. Porém, prende-nos, coloca-nos em bicos de pé de expetativa, dá-nos vontade de voltar pelo episódio seguinte.

 

Um dos aspetos que mais gosto é, como referi, a narração pela voz da personagem principal, se bem que essa voz é mais presente nos episódios iniciais, e que senti essa falta mais para o final.

 

As personagens são interessantes, daquela maneira imperfeita. A leitura mais acertada, a mais perspicaz, vem de um bêbado violento. As pessoas caem nos mesmos erros, entram voluntariamente na cova do lobo e chamam-lhe azar, atraem o que lhes faz mal, quer as ”boas”, quer as “más”. Pensamos “mas que raio estás a fazer?”. E acabamos por não gostar particularmente de nenhuma personagem em especial, ou torcer por nenhuma personagem, simplesmente acompanhar o desenrolar da história com uma curiosidade algo perversa. Pelo menos, foi assim comigo.

 

 

A par desta série, no grupo das mais recentes, há outras duas, que nada têm a ver entre si.

 

 

THE RESIDENT

 

Com toda a honestidade, 75% da minha motivação para ver esta série é o Matt Czuchry, e isso é assim tão mau?

 

É uma série relativamente simples, que não faz pensar em demasiada, é leve dentro do possível para uma série hospitalar, com personagens agradáveis e, na sua maioria, atraentes.

 

Não tem grandes pormenores ou detalhes técnicos, o que, do meu ponto de vista, acaba por ser algo positivo, apesar de poder tornar a série algo mais fútil ou menos correta quanto a essa parte. Por outro lado, não tem a promiscuidade das habituais séries passadas em hospitais, nem nos obriga a decorar que a meia-irmã daquela casou com o tio do outro, que morreu, enrolou-se com o vizinho da tia, que morreu, correu o hospital todo e acabou por se apaixonar pelo primo em terceiro grau da meia-irmã da mãe que afinal era a tia.

 

Já vos disse que as personagens principais são o Matt Czuchry e a Emily VanCamp?

 

 

 

GOD FRIENDED ME

 

A premissa é engraçada.

 

Um ateu com um podcast sobre, muito basicamente, ser ateu, cujo pai é padre, recebe um pedido de amizade de uma conta com o nome de “Deus”, que lhe vai enviando pedidos de amizade.

 

Cada pedido de amizade revela-se uma oportunidade de ajudar essa mesma pessoa, sempre de forma diferente, sempre uma história diferente.

 

Pelo meio, o ateu reconcilia-se com o pai e, ao que parece, torna-se mais agnóstico do que ateu, descobre que gosta de ajudar pessoas, e encontra o amor.

 

Ou seja, felizes para sempre. Todos os episódios acabam com um final feliz, um super-ateu que ajuda pessoas e espalha o amor, uma família que se reconcilia, personagens completamente equilibradas que encaram de forma extremamente balançada todas as lições de vida que vão aprendendo.

 

Se tem grande conteúdo ou profundidade? Nem por isso. Se é credível? Definitivamente não, e nem sequer estou a falar da possibilidade de receber um pedido de amizade divino. Contudo, sejamos sinceros, qual foi a última série que viram com finais felizes? De vez em quando sabe bem, para desanuviar, ver algo sem questionar qual será a próxima surpresa ou a próxima carnificina.

 

 

 

Neste seguimento, aconselham alguma série deste género, leve, sem demasiadas complicações?

 

Vejam mais desta rubrica: 1, 2, 3.

 

R.

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