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quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

20
Ago19

Feira de São Mateus

quatro de treta e um bebé

Olá pessoas!

E essas férias? fins de semana prolongados? ou então dias de trabalho (como por aqui)? tudo a correr bem?

Hoje vamos falar de feirar, que é como quem diz da Feira de São Mateus, que tem lugar, anualmente, em Viseu. É um optimo sítio para virem dar um saltinho, quer estejam e férias, de folga ou a trabalhar! Quem é que nunca ouviu falar desta feira?

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Diz-se que  Feira de São Mateus é a guardiã das festas populares do país. É uma feira que conta já com 627 anos, sendo a feira popular mais antiga da Península Ibérica. 

Acontece sempre entre Agosto e Setembro, e este ano começou no dia 8 de Agosto e termina no dia 15 de Setembro. É mais de 1 mês de feira, que está à vossa espera.

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Confesso que no meu caso, que sou de cá, a feira é assim vista como uma oportunidade de me encher de pão com chouriço, de farturas , bolas de berlim com geleia de morango e algodão doce. Ou seja, o melhor da feira para mim é a comida  (e aposto que se a R. fosse de cá, também o era para ela, ahaha). Mas a feira é muito mais do que isso. (curiosamente, este e´o ano da gastronomia em Viseu, que dá tema à nossa Feira!).

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É uma feira popular com tudo a que têm direito. Desde carrosseis (para miúdos e graúdos), a restaurantes com comida típica da beira ou não tão típica assim, com (o meu tão amado) pão com chouriço, ou cachorros, ou até as já tão tradicionais, e sem as quais a feira não fazia sentido, barraquinhas de enguias; até à farturas, churros, bolas de berlim. Não há nada que falte nesta feira. Há animação todos os dias e o palco é visitado por artistas nacionais e internacionais. Há barraquinhas de bugigangas, de artesanato, de loiça para a casa, de utensílios de cozinha, de texteis, há peças de presépios, há barriquinhas de ginja, há barraquinhas de doces, há até tratores e piscinas para vender. Há um pavilhão só com móveis e coisas de casa. Há um sem fins de coisas, por isso, o melhor é vir visitar. 

E para saberem quando é que a entrada é gratuita, ou a pagar, ou saberem quem vai estar a animar o palco da feira, espreitem a agenda, de certeza que vos vai ser útil. 

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Mas não se esqueçam de vir e de se divertirem! 

F. 

 

 

 

16
Ago19

O meu anjo da guarda abandonou-me!

quatro de treta e um bebé

Hezalel, volta já aqui! Agora!! Não te volto a chamar! Hezalel!!!!!!

Hezalel é o meu anjo da guarda.
Que ao fim de 30 anos decidiu fazer greve (não consigo evitar revirar os olhos ao dizer isto). Diz ele que está cansado e recebe pouco!

Pensava eu que a função dos anjos da guarda era igual à dos advogados estagiários, não remunerada, e que a gratidão, por si só, chegava. E se há coisa da qual ele não se pode queixar é de lhe ser, eterna e extremamente, grata.

Recordo o meu querido anjo da guarda com um grande sorriso no rosto... Já fomos tão felizes juntos! Eu a tentar fazer asneira e ele a impedir. Eu a tentar alguns desvios e ele, teimoso, a empurrar para o caminho certo. Por diversas vezes, não tinha qualquer a intenção de me desviar do percurso, mas dava-me algum gozo ouvir o suspiro do "outra vez?!", ver o encher do peito como se fosse buscar energia aos confins do mundo, e a corrida rápida, tipo Duck Dodgers, para se colocar à minha frente com o dedo esticado a dizer "go out".

Foi com ele que aprendi a dizer os meus "nãos" e o "põe-te a andar".

É um anãozinho (bem pequenino), gordinho, de cabelo encaracolado, loiro, olhos claros e nariz empinado. Anda sempre de fraldas de pano, com alfinete dourado, e teima em carregar nas costas umas asas daquelas que se compram em qualquer loja de fantasias na altura do carnaval. Anda como se desfilasse, de peito feito e barriga encolhida, aparentando que mantém a respiração suspensa durante todo o tempo. Sempre o achei ridículo. Mas ao mesmo tempo um fofo, daqueles que apetece apertar as bochechas só para que o peito baixe, a barriga saia e a respiração retome a normalidade.

Apesar de todas as nossas desavenças e pensamentos opostos, sempre gostei muito dele. E sempre fomos um só.

Mas agora, sem dó nem piedade, decidiu abandonar-me assim. Sem mais. Argumentando que se quero continuar a fazer asneira, para o fazer com força, e para não contar com ele. Que está cansado e que não lhe pago para isso?!

Como assim cansado? Eu nem dou assim tanto trabalho!

Está a fazer birra! É isso, está simplesmente a fazer birra!

Hezalel, já não tens idade para birras! Volta imediatamente. Por favorzinho!!!

 

M.

10
Ago19

Há sítios assim...

quatro de treta e um bebé

Hoje, partilho com vocês um texto muito especial para mim, escrito há dez anos atrás, sobre um lugar igualmente especial: a Lageosa da Raia.

 

Quem me conhece, já me ouviu falar sobre a minha aldeia. Faz sentido partilhar este texto agora, este mês, depois de ter voltado de lá.

É um sítio muito especial, sobretudo, pelas pessoas especiais que lhe estão associadas. 

É por isso que, hoje, é com um misto de sentimentos que partilho este texto, que tanto me diz. Aquele sítio continua tão especial, tão importante. Sucede que muitas das pessoas que o tornavam tão especial já não estão cá. Em particular, aquela pessoa já não está cá, aquela que é das pessoas mais especiais e mais importantes de toda a minha vida. É, por isso, com um misto de dor e tristeza, com muita saudade, mas também alegria, gratidão e muito amor, que partilho este texto, com a certeza que não vos dirá tanto quanto me diz a mim, mas com a esperança de, após esta pequena explicação, consigam perceber o quão especial é para mim este sítio.

 

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"Há sítios assim, onde o resto do mundo parece desaparecer, restando pouco mais a não ser nós próprios, com todas as nossas fragilidades e imperfeições. É algo a que acabamos por não estar muito habituados, já que na sociedade é costume escondermo-nos atrás de maquilhagens, mentiras, actuações teatrais, até da própria boa educação. Há sítios assim, em que nos é permitido largar tudo isso. Há sítios em que podemos descansar, sem porquês, sem obrigações, preocupações, discussões, desculpas. Podemos fugir, ainda que por momentos, deste mundo atarefado que nos sobrecarrega a todos os minutos com sensações de todos os tipos – gritos, palavras falsas, sons agressivos, todo o tipo de movimentos, cheiros, uma constante agitação. Temos a oportunidade de sentir, menosprezando o pensar. Conseguimos abstrairmo-nos, largar os bens materiais excessivos e as dores de cabeça. Guardamos apenas a nossa personalidade e um iPod, para que possamos ter o prazer de nos deliciarmos com a melhor musica, aquela que “fala” connosco e nos faz sentir bem. Numa tarde de Verão em que o sol está presente, atinge-nos uma sensação de calor e, caso tenhamos sorte, uma suave brisa. Se tirarmos os auriculares dos ouvidos, conseguimos ouvir os mais leves movimentos das folhas, os passos raros e distantes, o rio que passa devagar. Atirar uma pedra ao rio, ouvir o seu primeiro contacto, observar o salto da água e a pedra a descer até ao fundo, onde repousa, misturando-se com todas as outras pedras e perdendo qualquer característica distinta – os mais puros e ingénuos comportamentos, tão frequentemente chamados de infantis, que nos acalmam e, de certa forma, ainda nos impressionam. Contrariando as grandes cidades, conseguimos sentir a natureza, conseguimos fazer com que todo este conjunto se funda connosco de forma harmoniosa. Se olharmos com atenção, é impossível não nos sentirmos maravilhados com a simplicidade e a pureza de sítios assim, ainda não destruídos pelo homem. Apesar da nossa consciência e racionalidade nos dizer que não é possível haver algo perfeito, parece-nos impossível apontar críticas a um sítio que nos causa tamanha paz - sentimo-nos ser invadidos por uma serenidade incrível. Pensamos e sentimo-nos como nos é natural e verdadeiro, sem sermos controlados.

Para mim, a Lageosa da Raia é um sítio assim. Caminhar sozinha, rodeada de campos banhados pelo sol numa tarde soalheira, animais de vez em quando (mais raras ainda as pessoas), sem ter que explicar o porquê de me sentir bem, sem ter que encontrar razões para seguir um determinado caminho. Simplesmente caminhar. E, de em vez quando, parar, parar para sentir com maior força e admirar o quão maravilhosas são a simplicidade e a pureza de sítios assim, tão serenos. Viajar por um mundo melhor sem sair deste mundo, viajar por emoções, sentimentos, ideais, recordações, sem tirar os pés do chão. Entrar num ambiente que é só nosso, de mais ninguém. Há sítios assim, pequenos e pouco desenvolvidos, que com tão pouco nos provocam tão boas sensações. Há sítios assim, mágicos, onde sentimos que nada neste mundo nos pode perturbar."

 

Hay un lugar tan especial 
En donde yo contigo quisiera estar
Ese lugar tan especial
Donde si quieres nos besamos
Y me voy enamorando

R.

04
Ago19

Quase, quase...

quatro de treta e um bebé

 

Preciso de férias! Sim. Urgentemente. Estou a preparar tudo para viajar, contudo, acho que alguém conspirou contra mim e, quando menos espero, tenho uma série de assuntos “sérios” para dar saída. Sim, saída, antes mesmo de viajar. Alguém ajuda? Processos urgentes conhecem? Não, não estou a falar daqueles todos a que o cliente - por ser o seu próprio - atribui esse carácter. Estou mesmo a falar dos processos que a lei considerou urgentes, como sejam: por exemplo, insolvências e violência doméstica.
Estes processos correm em férias e, por essa razão, interrompem as já marcadas de pessoas como eu que querem muito ir mas que se arriscam a ficar em terra.
Com muito humor negro pergunto: qual a tendência para as pessoas “falirem” ou perderem a cabeça em férias ou nos meses de férias?
Tenham melhor gosto!! Há meses tão giros para o fazerem. Vá lá...
fica aqui a dica para eventuais e futuros deslizes, está bem?
É que uma pessoa quer fazer as malas e nem pode. Este ano acresce que tenho que fazer contas às fraldas, levar Leite, 1001 roupas, medicamentos, brinquedos, babetes, repelente, e mais e mais e mais...
Estou quase, quase a ir e não tenho nada preparado. Nem uma malinha; ou vá: a lista, pelo menos.
Amanhã ainda vou a custóias, sim, ao estabelecimento prisional visitar um “amigo” antes de ir. Alguém quer dar uma ajudinha? Eu aceito de olhos fechados. A sério! Não se ofereçam que eu cobro depois.
Se não puderem fazer mais, fiquem a torcer para que eu consiga, apesar de todos os esforços, chegar ao destino.

 

Com cansaço e a precisar de férias,

S.

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