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quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

10
Fev20

Serviço Público - com a participação especial de Paola Solarevicz

quatro de treta e um bebé

Um agradecimento especial às pessoas com mau gosto. Sem elas este artigo não teria sido possível.

 

Há uns tempos, escrevia-vos sobre aquelas coisas que me impediam de apaixonar por um homem, por mais lindo que ele fosse. Falava-vos da altura, da voz, da data de nascimento e até da bagagem. Por mero lapso, não referi o mau gosto. Mas hoje escrevo-vos para corrigir esse lapso, e fazer “serviço público”. Porque entendo que ao contrário da altura, da voz, da data de nascimento ou da bagagem, o mau gosto pode moldar-se, corrigir-se, educar-se. Ou pelo menos quero acreditar que sim.  

 

Numa “conversa de café” com a Paola Solarevicz, uma verdadeira entendida no tema, falávamos do mau gosto. Do mau gosto em geral, embora nos focássemos, essencialmente, no mau gosto dos homens. Da falta de noção ou de espelho. Falávamos da surpresa, do impacto, do bater de frente com alguém com mau gosto e da sensação de “facada no peito” quando nos cruzamos com homem que tem tanto de bonito como de mau gosto.

Dizia-me ela que adorava homens com bom gosto, que se sabem vestir e, mais ainda, sabem adaptar o que vestir à ocasião. Por sua vez, quando se cruzava com homens vestidos como autênticas “árvores de natal” não consegue evitar o beicinho a tremer, a pupila a dilatar e a lágrima a espreitar no canto do olho, pronta para verter, de tamanha desilusão com o mundo.

Poluição visual. Dizia ela que se tratava de uma poluição visual. E devia ser crime, da mesma forma que a poluição ambiental o é.

Assim, e de forma a contribuir para um mundo melhor, deixo-vos infra as dicas de Paola Solarevicz, sobre o que não vestir, nem em casa.

 

Manga cava preta, com calças de ganga e sapatilhas básicas.

Acrescento que manga cava só por si, nunca! Não é para usar, em situação nenhuma, com coisa nenhuma. Nem com calças de ganga, nem com outra coisa qualquer. Nem na rua, no passeio de domingo a tarde, ou no ginásio. Exceciona-se a utilização para prática de modalidades desportivas como o basquetebol ou o voleibol de praia. Mas como referido, apenas e só nessas duas modalidades.

Roupas justas

Jamais! A não ser que vá participar numa prova de danças de salão ou salto em trampolim, é fugir das roupas justas a sete pés. Cruzar-nos com um homem que decidiu sair de casa com a roupa do filho mais novo, não é de todo atrativo.

Calças “tomara que caia”

Tipo os tops das mulheres, mas numa versão masculina. Traduz-se naquela peça de roupa, que deveria estar na cintura, mas que, por se ter comprado o número acima, estão constantemente a ameaçar cair. A mais recente versão deste modelo, implica que as mesmas sejam justas em baixo, imaginamos nós que seja para que, caso caiam, não fiquem pelo caminho.

Camisa aberta até ao umbigo

Ou até um pouco mais acima. Se não aperta mais, não é porque não é para apertar, é porque o tamanho não era esse. A situação piora se tiverem o fio no pescoço.

Fatos não cintados

Aquela máxima de que um homem compra um fato uma vez e depois usa o mesmo fato para sempre, porque os fatos são todos iguais e nas fotografias de casamento não se vai notar já não se aplica. Os anos passaram, os fatos mudaram, os cortes também. Usar umas calças de fato largas em baixo? Não. Deitem fora.

 

Nas palavras sábias de Paola Solarevicz, “quando os olhos não sabem para onde olhar, significa que tudo está mal ali”. A mesma, refere ainda que “não há mal nenhum em evidenciar o corpo, desde que o mau gosto não se evidencie primeiro”. Dito isto, é um facto: a elegância conquista. E a falta dela também…

 

M.

 

04
Fev20

Mulherzinhas

quatro de treta e um bebé

Olá pessoas!

Bem-vindo Fevereiro! Fevereiro é o mês da nossa S., por isso só pode ser um bom mês.

Eu cá comecei o mês no cinema, a ver o filme Mulherzinhas. 

Quem me conhece sabe que o livro Mulherzinhas da Louisa May Alcott é dos meus preferidos! (Aliás já falei dele aqui no blog.) É um clássico tão bom de ler que, para mim, nem parece clássico. É daqueles livros que já li mais de uma vez e continuo sempre a descobrir coisas novas e continua a afectar-me sempre de forma diferente. Tenho várias edições deste livro e já vi o filme de 1994 dezenas de vezes.

Mas vamos por partes!

Para aqueles mais distraidos que não sabem sobre o que tratam os livros/filmes, falamos da história da família March. O Mulherzinhas é passado durante época da guerra civil americana, entre 1861 e 1865. Está família é constituída por quatro irmãs, a Meg, a Jo, a Beth e a Amy. Vivem com a mãe e o pai está na guerra. Com a partida do pai para a guerra esta família enfrenta dificuldades económicas mas juntas conseguem superar as dificuldades e a si mesmas e fortalecer-se enquanto família. Enquanto no mulherzinhas estas quatro irmãs aprendem a crescer e a lidar consigo e com os outros, no Boas Esposas, 3 anos depois do fim do Mulherzinhas, estas já são adultas e têm que conviver com a perda, com escolhas, casamentos e uma vida diferente daquela que estavam habituadas, mas pela qual vão lutar e saberão ser felizes. 

Em Portugal, a história da família March é dividida em dois livros, o Mulherzinhas - Livro 1, e o Boas Esposas - Livro 2. Efectivamente, o Boas Esposas é a segunda parte do Mulherzinhas, 3 anos depois do fim do primeiro livro. Mas, muitos países há em que estes dois livros são vendidos como um só! 

Depois destes dois, há ainda (mas não traduzido para português) o Little Men e o Jo's Boys. (Estes são uma continuação do Mulherzinhas e do Boas Esposas, mais centrado noutras personagens desta história, das quais não vou falar para não dar detalhes/spoilers da primeira história!)

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Posso-vos dizer que ainda não li estes dois livros mas, já os encomendei na wook (por 3€!!!! os dois, juntos! nota-se muito o entusiasmo?!) e, assim que chegarem pegarei neles!

Pronto, passando agora para os filmes e as séries. (ou só filmes, porque apesar de já existirem várias séries e de eu ter uma ou duas guardadas, ainda não peguei!).

Estes livros já foram objecto de várias séries e de filmes ao longo dos anos. Posso dizer que o mais conhecido é, sem dúvida, o filme de 1994.

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E, eu, posso dizer que é dos meus filmes de eleição. Já o vi imensas vezes. Sempre que dou conta que está a dar na TV fico a ver, pelo que, estava muito colada a esta versão a estas personagens.

É muito fácil comparar todas as personagens e, foi justamente o que fiz durante todo o filme. Mas acho que não devia. Distam 15/16 anos entre os dois filmes, é mais do que natural que haja diferenças e são muito bem vindas! 

A questão é que, como gosto tanto dos livros e do filme que conhecia, ia com expectativas altas e demasiado pormenorizadas e claro, fui logo surpreendida nos primeiros minutos.

Mas já lá vamos...

Assim que soube que ia estrear um novo filme do Mulherzinhas, e vi que era com a Emma Watson (que eu adoro) disse logo que tinha que ir ver ao cinema! Acompanhada ou sozinha mas iria vê-lo! Por isso, assim que estreou, 3 amigas vieram fazer-me uma visita a Viseu e lá fomos nós ver um filmes que todas tinhamos tanta curiosidade.

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Para começar, a fotografia deste filme é maravilhosa! Este filme conta a história da família March entre um passado recente e o presente, saltita de umas cenas para as outras, mas acho que tem uma capacidade de o fazer de forma acertada e subtil. 

O filme está muito bem feito, tem as cenas importantes, talvez uma ou outra de forma diferente do que eu esperava (estava muito colada à versão de 1994, como vos disse) mas, agora pensando nisso, acho mesmo que está um filme bem conseguido! Aliás, é um dos filmes nomeados para melhor filme nos Óscares!

Falando das personagens...

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Ah Saoirse.. como mereces levar o óscar de melhor actriz para casa! (não me venham já perguntar se já vi os outros filmes nomeados e a prestação das outras actrizes. Não vi, mas acho que a Saoirse está MARAVILHOSA neste filme) É a minha Jo preferida. Gostei mesmo muito dela neste filme.

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Emma Watson como Meg. Meg é a mais velha das 4 irmãs. Eu adoro a Emma, mesmo! Foi uma das grandes razões por querer logo ver este filme e apesar de a achar lindamente, como sempre, não sei explicar mas acho que faltou alguma coisa. Continuo a não a ver como Meg. Não acho que tenha sido muito convincente neste papel. Em termos comparativos acho que a Meg de 1994 é mais Meg que a Emma. Senti realmente que faltava ali alguma coisa, ou que se calhar nao combinava com ela. Não sei explicar. 

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Eliza Scanlen, como Beth, a irmã número 3, aquela que tem a saúde mais fragil, a que mais gosta de música. Não conhecia esta actriz e acho que esteve muito bem. Sinto que esta versao de 2019 não mostrou grande coisa da Beth, nao nos fez conhece-la e quase nos esquecemos que ela está ali. Nisso o filme de 1994 dá-lhe mais atenção, chama-nos mais a atenção. E a Beth é aquela irmã que todos nós precisavamos mais de ser!

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Florence Pugh, como Amy, a irmã mais nova. O filme de 1994 tem duas actrizes a fazer de Amy. Uma mais novinha, enquanto criança e outra mais velha ja nos seus 20 anos. Aqui a Florence faz as duas idades da Amy, enquanto adolescente e enquanto adulta. Dei-me conta agora que a Florence está nomeada para melhor actriz secundária. E pensando bem, talvez mereça mesmo. Disse várias vezes no dia em que vi o filme que esta Amy era a minha preferida. Para quem já leu os livros sabe bem que a Amy sendo a mais nova é a mais mimada, é a mais orgulhosa e acaba por ser um bocadinho irritante. Esta versão de 2019 traz-nos uma Amy tudo isto mas ao mesmo tempo nada irritante. Disse mesmo "Esta Amy é muito menos irritante que as outras, sem dúvida". Acho que é uma actriz do caraças esta Florence e, fez-me gostar muito da Amy, coisa que não tinha acontecido anteriormente!

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O Laurie não podia ser mais diferente da versão de 1994. E se acho que em termos de actuação este talvez me encha mais as medidas, gostei mais deste no papel de Laurie, por outro lado não acho que seja assim tão adequado para este papel. A verdade é que durante todo o filme este Laurie me pareceu um miúdo. Mesmo miúdo. Não o tinha com um ar tão infantil. E mesmo quando passamos para a fase mais adulta deles, ele continua exactamente igual. Não sei, eu gostei dele, mas ao mesmo tempo não gostei. 

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Meryl Streep como a Tia March, a tia que nenhuma das raparigas gosta muito, excepto a Amy. Mas a tia rezingona e ao mesmo tempo com saídas que nos fazem rir. Como sempre óptima, a Meryl.

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Laura Dern como a mãe das quatro irmãs. Quando ela apareceu e, comparando com a versão de 1994, pareceu-me novinha, mas depois pensei que realmente parecem todos muito mais novos nesta versão que na anterior. No entanto, não deixei de a adorar no papel de Marmee, talvez até mais do que na versão de 1994, mas talveeez tenha ideia que a versão de 1994 é mais aproximada a do livro. Não sei, eu gostei muito desta Marmee. 

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E provavelmente a maior e mais surpreendente personagem desta versão de 2019 foi Friedrich Bhaer, digamos que este era bem mais novo que a versão de 1994, muito mais atrativo, nada a ver com o seu antecessor. Gostei desta nova versão do professor, até porque claro, se coaduna mais com a Jo, mas não achei muito fidedigno ao livro. Mas enfim, para os olhos foi melhor, sem dúvida. 

 

E isto tudo para dizer, vão ao cinema, vão ver este filme. 

Vale a pena. Eu vou, de certeza, vê-lo mais vezes.

Mas sabem o que vale mesmo a pena também? Lerem os livros!!

F. 

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