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quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

16
Mai19

O Mundo precisa de bondade

quatro de treta e um bebé

Precisamos, urgentemente, de praticar a bondade.

 

Menos do que praticar exercício, menos do que laborar, menos do que gastar, menos do que preocupar, precisamos de praticar a bondade.

 

Bem no início, quando ainda nos estávamos a apaixonar um pelo outro, numa discussão filosófica às custas de um tema qualquer, diz-me o J.: fazer o bem custa tanto ou menos do que fazer o mal, por isso porque é que havemos de fazer o mal?

 

Mal sabia ele, naquela altura, de que aquela frase, aquele espírito, tinha sido melhor do que qualquer frase de engate que pudesse ter descoberto.

 

É bem verdade. Dizer que fazemos o mal porque custa menos do que fazer o bem não passa de uma mentira que contamos, para convencer o Mundo, mormente para nos convencemos a nós próprios. No entanto, não passa disso. Em bom português, é treta.

 

Aprendi ao longo da vida que cada um de nós trava uma batalha própria, alheia aos olhos da maior parte das pessoas. Sem exceção, todos temos demónios. Sejam eles quais forem, todos nós carregamos fardos, bagagem, lutas internas.

 

E precisamos de bondade. Precisamos tanto de bondade.

 

Parar de pensar para dentro e olhar para quem temos ao nosso lado. Será que há algo que podemos fazer por essa pessoa? Será que essa pessoa está bem? Já lhe perguntamos hoje se essa pessoa está bem, mas mesmo perguntar, porque nos preocupamos, e não apenas para fazer conversa?

 

Às vezes é tão simples quanto um sorriso. Como um abanar de ombros de compreensão pela pessoa que errou mesmo à nossa frente, em vez do habitual palavrão ou desprezo, lembrando que também nós, nalgum momento, já fizemos erros idiotas.

É tão simples quanto mandar uma mensagem. Pode servir de pouco, pode não ter resposta, mas praticámos a bondade. Pode ser tão simples quanto um “lembrei-me de ti, espero que estejas bem”. Por vezes, palavras tão breves e simples podem salvar um dia.

 

A bondade não precisa de resposta, não exige obrigados, não espera retribuições. A bondade, pelo contrário, vale por si só.

 

Sejamos menos egoístas, mais atentos. Menos impulsivos, menos irritadiços. Direcionemos menos a nossa raiva ou frustração para os outros, e olhemos bem para dentro, para vermos o que de verdade se passa, para podermos tratar de nós próprios. Com bondade.

 

Não custa mais, não se paga, não nos tira dignidade, não quer dizer dar o braço a torcer, não quer dizer parecer fraco, nem sequer quer dizer esquecer.

 

Deixem-se de tretas. É só bondade. Só isso. E nós precisamos tanto de bondade.

 

R.

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