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quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

quatro de treta e um bebé!

"Não me digam que concordam comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado." – Oscar Wilde

21
Jan19

Boicote às "coisas" tóxicas.

quatro de treta e um bebé

Desde que me lembro de mim, adoro leite. De todas as formas. No verão ou no inverno. Quente. Frio. Com café ou chocolate. Simples! A qualquer hora. Alimentar-me-ia só de leite, se tal fosse possível.

 

Há uns anos descobri que é o leite que me provoca uma determinada reação alérgica. Foi flecha direta no peito. Daquelas que depois de entrar ainda roda para um lado e para o outro, e quando achamos que parou ainda dá um solavancozinho.

Outra opção não me restou se não abandonar o leite. Aqui entre nós, nunca o cheguei a abandonar verdadeiramente. De vez em quando, acabo por não resistir à tentação.

Naquele momento em que decido ceder, eu sei o que vem a seguir. Sei que não devia. Mas... oh pá, eu gosto tantooo. Afinal antes de fazer mal, faz bem. E tãooo bem.

E então, com plena consciência das consequências da minha escolha, minto para mim mesma e digo "é só desta vez". Não é! Eu sei. Mas antes de fazer mal, faz bem.

 

Há pessoas que, desde que nos lembramos, adoramos. Seja pelo que são, pelo que nos fizeram ser, ou simplesmente porque não soubemos fazer o furo no fundo do copo.

Um dia, descobrimos que essas pessoas, nos provocam determinadas reações alérgicas. Que nos fazem mal. Que, elas próprias, nos atiraram a tal flecha, e rodaram. E no momento em que respiras fundo, dão ainda o tal empurrãozinho só para garantir que flecha está lá bem enterrada.

 

Também aqui, não nos resta outra opção, se não levantar, arrancar a flecha, virar costas e abandonar. Sem voltar a atrás.

Aqui, e ao contrário do leite, não há nada de bom, antes de fazer mal. Podemos ter a plena consciência das consequências depois de ceder. Mas em momento algum há um "faz bem, antes de fazer mal". Faz mal desde o início. E por esse motivo, não vale a pena a cedência.

 

Se consigo perceber o facto de insistirmos em algo que nos faz mal, porque antes há um algo que nos faz bem, já tenho sérias dificuldades em perceber porque insistimos naquilo que só nos faz mal. Há quem me responda que é sadomasoquismo. Pesquisei na internet que até isso parece que faz bem. Pelo menos é o que dizem, que eu cá não sei nada disso.

Por isso, eh pá, deixar-nos-emos de coisas que nos fazem mal. Seja leite, glúten ou pessoas. Principalmente de pessoas. Que de tão tóxicas, são as únicas que não trazem nada de bom, antes de fazer mal.

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M.

04
Set18

O regresso dos cérebros deste país.

quatro de treta e um bebé

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Na passagem do PS, por uma das vilas mais bonitas de Portugal, Caminha, no passado dia 24 de agosto, António Costa tira o Coelho da cartola, e aclama aos "cérebros" que este país viu partir rumo a outros países que precisavam mais deles do que nós: "VOLTEM! Voltem que em troca tenho um desconto de 50% no vosso IRS para vos dar"!

 

Conta quem viu que tal aclamação gerou uma enorme confusão nos aeroportos! Eram quilómetros e quilómetros de filas de emigrantes portugueses prontos a comprar o primeiro bilhete disponível para voltar para Portugal. Foi necessário alguém intervir, meter ordem em tamanha confusão, e dar as más notícias: CALMA! Afastem-se lá e ouçam as coisas como deve de ser! ISTO NÃO É PARA TODOS! Era o que mais faltava!


Antes de mais é só para quem emigrou entre 2011 e 2015. Por isso, os que não emigraram dentro desse período podem voltar à sua vida medíocre com um salário miserável de tão superior que é comparativamente ao que estariam a ganhar em Portugal.
E mesmo que tenham emigrado dentro do período referido, nem todos podem usufruir da medida. Isto é só para os qualificados. Se não tens curso superior, Portugal não precisa de ti!
E se tens tudo isso mas na altura tinhas vontade de partir, então fica onde estás. Porque esta medida também é só para aqueles que, cumprindo os outros dois requisitos, "foram sem vontade de partir", citando as palavras do nosso primeiro-ministro.


Posto isto, podem formar fila aqueles que preenchem, cumulativamente, os referidos requisitos e tenham na vossa posse os comprovativos que atestem o efetivo preenchimento dos mesmos.


Conta quem viu que no momento em que este discurso terminou, os poucos emigrantes portugueses que ainda ali se encontravam, viraram costas com o semblante cabisbaixo e dirigiram-se às saídas mais próximas.
Com que então achavam que era só voltar e usufruir de 50 % de desconto no valor do IRS, durante um período de tempo? Ridículos!


Tão ridículos como aqueles que perguntaram porque não se tratava da mesma forma os emigrantes que saíram do país noutros anos não compreendidos nesse lapso temporal.


Aos mais desatentos cumpre-me avivar a memória. A nossa Constituição estabelece o princípio da igualdade, segundo o qual, deve tratar-se de forma igual os iguais e de forma diferente o que é diferente.
Ora, perguntam vocês, o que torna diferentes os emigrantes de 2011 a 2015, dos emigrantes de 2010 ou 2016? Numa primeira análise, a frio, e como tal com grande probabilidade de estar errada (mas se calhar nem tanto quanto o nosso primeiro-ministro), os de 2010 e 2016 não são "cérebros" e como tal o nosso país não precisa deles. De portugueses sem cérebro está o país cheio ( e quanto a isto não há margem de erro ).
Os emigrantes de 2010 e 2016 já mostraram uma clara incompetência. Os primeiros não souberam esperar mais um ano, os segundos foram tarde de mais. Era assim tão difícil perceberem que só poderiam emigrar entre 2011 e 2015 ?

E os jovens do país que não emigraram, sequer? Pff, totós! Agora tomem lá paguem o IRS na totalidade. Para a próxima sejam espertos.

 

M.

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