Uma escapadela para... #1
COVILHÃ.
Há algo melhor do que uma boa escapadela para descansar e recarregar energias? Eu e o J. adoramos fugir durante uns dias, desconectar dos telemóveis, redes sociais, horários e pressões e, simplesmente, estar.
Quando escolhemos o nosso destino, costumamos ter em conta três fatores principais: a acessibilidade da localização (sendo uma escapadela, o tempo é para ser aproveitado no local, e procuramos não gastar mais na viagem do que na estadia em si); o preço (mais uma vez, é uma escapadela, sim, queremos aproveitar, mas se puder manter os dois rins agradeço, por isso há que estar atentos às promoções que vão surgindo); e, finalmente, a piscina (para fugir à realidade, a piscina é um must-have, interior e aquecida nas épocas de frio, e o jacuzzi é a cereja no topo de um belo bolo de relax). OK, admito, quatro fatores: o pequeno-almoço (estamos em Portugal, a maior parte dos nossos hotéis oferece pequenos almoços de sonho, e escapadela que é escapadela inclui o mítico “pequeno almoço de hotel”).
Esta escapadela aconteceu em outubro de 2017, em plena época trágica de incêndios, pelo que o caminho até lá foi marcado por estradas cortadas e nuvens de fumo aflitivas, que espalhavam o terror que se sentia um pouco por todo o país.
Escolhemos passar essa altura, a do aniversário do J., no Puralã - Wool Valley Hotel & SPA em Covilhã.
O Puralã é um hotel que preenche todos os nossos requisitos obrigatórios e que se distingue pelo seu conceito, que se identifica com a zona onde se insere e uma das suas produções identificativas: a lã.
Além de uma pequena zona de exposição, todo o hotel ostenta e enaltece a lã, assim como os quartos.
Como não poderia deixar de ser para a nossa escapadela ideal, o hotel oferece uma piscina interior aquecida bastante agradável, numa sala semi-envidraçada, e um pequeno jacuzzi.
O local dispõe também de um ginásio, que nós fazemos sempre questão de visitar, não vá ter qualquer tipo de efeito psicológico que magicamente equivalha ao exercício físico.
O hotel tem ainda um serviço de spa que, apesar de não termos aproveitado, não deixou de suscitar curiosidade quanto à massagem principal que é anunciada, uma massagem de corpo inteiro com a aplicação, através de lã, de um óleo quente biológico à base de azeite extra virgem da beira baixa.
Como de costume, enchemos a barriga com um bom pequeno almoço, que nos permite tornar o almoço uma refeição mais ligeira.
O dia é dedicado inteiramente ao relaxamento e a aproveitar a companhia um do outro, bem como, claro, a piscina.
Ao jantar, seguimos a nossa intuição, também conhecida por gula, e tentámos sempre conhecer restaurantes da zona.
Assim foi também nesta escapadela (exceto no dia de anos do J., por o Benfica jogava para a Champions e quis o satírico destino que me apaixonasse por um benfiquista…).
Numa das noites, escolhemos por ir conhecer a Taberna a Laranjinha, talvez o restaurante mais aclamado na internet e nas redes sociais.
Apesar de o serviço de atendimento à mesa ter deixado algo a desejar, a comida compensou. Pelo que tínhamos lido na nossa pesquisa pela internet, encontramos a Taberna praticamente vazia, o que, a par do mau atendimento, estranhámos. Regozijamo-nos com algumas tapas, das quais são, manifestamente, de salientar, os cogumelos salteados e a chouriça assada.
Numa outra noite, experimentamos a pizzaria Mamma Mia. Gostámos do espaço, do preço baixo e da simpatia do atendimento à mesa, mas desgostámos da antipatia da chefe de cozinha, por algum motivo de que já não nos lembramos.
Desta vez, deduzo que a fome seria muita e, como ainda não havia um blog para o qual eventualmente iria escrever, a comida foi devorada na íntegra antes que qualquer fotografia fosse tirada.
A escapadela serviu o seu propósito, o de relaxar, estarmos juntos, apreciarmos a companhia um do outro, espairecer e recarregar baterias. No geral, gostámos bastante do hotel e de Covilhã, pelo que aconselhamos!
Partilhem as vossas dicas de escapadelas connosco!
Já a sonhar com a próxima piscina aquecida,
R.