Fonte: http://www.passadicosdopaiva.pt/
Arouca era uma vila pacata, no fim do mundo (na verdade é na cave do mundo), reduzida a uma rua a que chamam de avenida (não sei se chamam, mas quase que aposto!) e a um mosteiro. À volta disso é monte. E monte. E mais monte. Por lá, e depois de passar o enjoo da viagem (o qual não se consegue evitar com tanta curva e contracurva) conseguia-se comer uma das melhores carnes de vaca e saborear vários doces conventuais de deixar água na boca. Até que um dia, alguém astuto, decidiu alargar horizontes e criar um passadiço, que liga 3 praias fluviais ao longo do Rio Paiva, a que se deu o nome de "Passadiços do Paiva". E descobriu a galinha dos ovos de ouro.
Se valia a pena ir a Arouca pela carne e pelos doces, agora vale também pelos passadiços. E se der para juntar tudo, tanto melhor.
Aconselho, seriamente, a passar um dia lá. Chegar cedo. Fazer os 8 quilómetros do Passadiço. Ir almoçar a famosa carne de vaca arouquesa. Regressar aos passadiços. Fazer os 8 quilómetros em sentido contrário, para desgastar o almoço. E terminar o dia com o pão de ló de Arouca, os charutos ou as castanhas doces.
Fiz os "Passadiços do Paiva" há já alguns anos, mas continua a ser um destino atual. A ideia passava por um domingo diferente, entre amigos, com fotos, mergulhos e boa comida. Mas Arouca e os passadiços surpreenderam.
Partimos do Porto num domingo de manhã. O objetivo era estar em Arouca às 9h30, evitando assim a hora de maior calor. Levamos dois carros, para que fosse possível deixar um em cada ponta dos passadiços, podendo fazer o regresso ao ponto de partida de carro.
Como bons portugueses que somos chegamos a Arouca por volta as 11h.
Nota: Aconselho a chegar realmente cedo, porque fazer o percurso na hora de maior calor pode tornar-se insuportável, não permitindo usufruir verdadeiramente de tudo que os Passadiços tem para nos dar.
Começamos o percurso na praia fluvial de Espiunca. As paisagens são fenomenais. Por esse motivo, demoramos cerca de uma hora a fazer menos de 3 km (a indicação dos km está ao longo de todo o percurso). Temos fotos de tudo, de cada esquina, de cada paisagem que nos cativou (e cativaram-nos todas).
Alertados pelas horas, e pelo calor que se fazia sentir, aceleramos passo até à Praia Fluvial do Vau.
Chegamos à ponte suspensa. E para esquecer as vertigens é colocar-nos no centro dela desfrutando da paisagem que nos permite contemplar.Ao longo do percurso podemos ver a Cascata das Aguieiras e a Garganta do Paiva. Subimos as escadas que ainda hoje não consigo qualificar.
Por fim, chegamos à Praia Fluvial de Areinho.Depois de um mergulho que "soube por vidas", seguimos caminho para o restaurante. Fomos à famosa carne arouquesa, que, uma vez mais, não desiludiu.
Nota: Não há fotos de comida, não consigo, é mais forte do que eu começar logo a comer.
Após um almoço de domingo demorado, voltamos aos passadiços. Exatamente ao mesmo ponto onde tínhamos ficado.Mais uma vez como bons portugueses que somos, desfrutamos uma cesta e demos mais uns mergulhos na Praia Fluvial de Areinho.
Não estava nos planos fazer o percurso de volta a pé. Mas à ultima hora decidimos que assim seria. Fizemos o caminho de volta já com o pôr do sol. E se o percurso com plena luz do sol é lindo, com o pôr do sol ganha ainda mais beleza.
Atualmente, trabalham na construção de uma outra ponte suspensa - envidraçada. Voltarei, com toda a certeza, assim que a ponte estiver aberta ao publico.
M.
P.S. Para quem estiver a pensar fazer o percurso, relembro que hoje é necessário fazer reserva, e tem um custo de 1€/pessoa.