Carta da B. ao Papá
20 de novembro 2017.
Durante umas horas, eu e mamã tivemos um segredo só nosso.
Era hora de almoço, depois de uma manhã de trabalho com a mamã no escritório, quando lhe disse que estava ansiosa e te queria anunciar a minha chegada. Queria fazê-lo de forma marcante e, simultaneamente, ternurenta.
Pedi-lhe que te fosse comprar um presente meu para ti.
Foi então que, numa ardósia, a giz, te escrevi: "Adoro-te, Papá!" como o maior amor que tinha na ponta dos dedos.
E logo ali, quando te anunciamos e te vi de lágrima no olho e cheio de emoção, soube que não podia escolher melhor para mim.
Tão apaixonado e ainda não me conhecias. Tão meigo e tão dócil com a mamã.
Foram tantas as vezes que me acariciaste, e tantas as que me segredavas ao ouvido quando estava eu, ainda, na barriga da mamã.
Vezes houve em que a mama já dormia e nós ficávamos à conversa e no mimo; só nós!
Não sabes o quanto isso me fazia feliz!
Gosto tanto de ti, Papá!
No dia 05.07.2018, timidamente, cheguei e, logo me apelidaste de "princesa".
Na barriga já sentia o melhor de ti, sem saber que, a partir do momento em que me pegaste nos braços, tudo daí em diante seria, ainda, melhor.
Adoro quando cantas para mim, quando me acalmas nos teus braços, quando me adormeces e quando enches esse sorriso de baba só de olhar pra mim.
Tão bons esses momentos e tão nossos.
No dia 20 de novembro "soube que era amor para a vida toda".
Da tua princesa,
Benedita ❤️